A melhor lição que eu tirei deste vídeo - que ainda não tenha sido
discutida pelos restantes colegas - foi a questão da necessidade. Para mim, a verdadeira inclusão é ouvir quais as necessidades de quem está numa situação de desvantagem.
Eu
acho que, às vezes, na ânsia de dar e acolher, nos podemos esquecer de
aceitar que, se calhar, aquilo que nós achamos que as outras pessoas
precisam não é realmente aquilo que elas precisam. Às vezes achamos que
para uma pessoa, que escapa a um país devastado como a Síria, trazer um
smartphone é ridículo, e portanto não precisam mesmo de ajuda; mas eu
pessoalmente não iria a lado nenhum sem a possibilidade de consultar um
mapa, ou mandar uma SMS, ou ligar ao 112... Não significa que não
precisasse de comida, roupa, sapatos, etc.
O primeiro passo para
acolher para mim é primeiro perguntar (ou perceber, através de
convivência, etc.): "O que precisam?" e continuar a partir daí.
Muito Bem !
As necessidades de uns podem não ser as necessidades de outros, pois culturalmente nós somos, muitas vezes, diferentes. Ouvir os outros e ir ao encontro das suas necessidades é essencial para permitir um acolhimento decente e humanamente possível. De que vale lhes dar roupas ou comida se não lhes damos conforto moral, apoio, carinho e amizade, se os tratamos como os "outros", estrangeiros que olhamos com alguma desconfiança. Acolher, confortar e integrar são tão ou mais importantes do que agasalhos e mantimentos.
Saudações amigas
Mª Céu Vaz
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