Os refugiados estão hoje no nosso quotidiano. Abrimos um jornal, vemos noticias na TV ou consultamos um blog e lá estão as imagens dramáticas daqueles que atravessam o Mediterrâneo em balsas e barcos de borracha, ou dos cadáveres dos náufragos que não sobreviveram à travessia. Surpreendemo-nos com os muros e obstáculos que países da União Europeia criam. Mas não nos interrogamos como tudo isto surgiu. Talvez este não seja um fenómeno tão actual, apenas ganhou uma dimensão nova após a Primavera Árabe.
A pobreza e a procura de melhores condições de vida atraem à décadas migrantes para a Europa, principalmente para os países mais ricos. Não deixa de ser curioso que os refugiados que chegam pretendem, na sua quase totalidade ir para países como Inglaterra ou Alemanha e não para qualquer outro local. Procuram refugio, segurança, mas igualmente oportunidade de trabalho e segurança financeira.
No nosso país não temos assistido a grandes chegadas de refugiados, somos pouco apetecíveis e principalmente desconhecidos para eles. Considero no entanto que possuímos grandes vantagens e que de um modo geral nos encontramos bem preparados. Temos recentes experiências de acolhimento de populações estrangeiras que nos levaram a adaptar infraestruturas (escolas, serviços de saúde, seg. social, etc.) para os acolher condignamente. Lidámos com diferenças culturais e religiosas sem conflitos e sem alarmismos sociais, tudo faz crer que assim será também com os refugiados que chegarem.
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