Após tomar contacto com toda a informação e com a entrevista e tendo a plena consciência da dificuldade deste exercício, pois não trabalho na área de intervenção social, considero que antes de se aplicar quaisquer modelos de intervenção temos enquanto profissionais de conhecer muito bem quer a situação quer o individuo/grupo com os quais vamos trabalhar.
Depois de alinharmos todos os dados recolhidos, delineamos em conjunto com os interessados um plano ... processo que cabe ao profissional orientar para que possa através de fatores motivacionais, promover uma maior autonomia e consequentemente uma inclusão. Em termos de modelo a aplicar, na situação do Samu, considero que seria o modelo de intervenção em crise uma vez que os problemas que este possui são diversos e que após toda a confrontação o trabalho a desenvolver irá ao encontro de todas as respostas para as suas angústias promovendo-se neste ferramentas para que possa neste momento "sonhar". Na mesma linha que considero interessante o modelo centrado na tarefa, na medida em que colocamos em prática o provérbio "não lhe dês um peixe, ensina-o a pescar".
Em termos concretos de passos a seguir nesta situação considero que após o acolhimento dele e de toda a documentação tratada devidamente, devia ser delineado um plano a desenvolver; destacando-se os principais pontos de intervenção para uma boa integração e inclusão do mesmo.
Se o Samu viesse para Portugal, acredito que iria encher-se de "sonhos" e que apesar de todos os dramas que viveu e que nós não conseguimos imaginar iria certamente receber um bom acompanhamento... pois a meu ver Portugal têm bons profissionais, recursos ... Portugal ainda é um país onde se vive tranquilamente, apesar de todas as batalhas que vivemos, vivemos ainda num pequeno paraíso!
Cara Vilma
Embora tenha referido o exercício como difícil e sua resposta indicia claramente que ultrapassou as dificuldades e fez uma boa síntese daquilo que se considera boas práticas tendo em vista a inclusão. :)
Claro que para quem trabalha na área é mais fácil, mas o objetivo é o de sensibilizar para o desenvolvimento de uma ação integradora, adequada às circunstâncias de cada caso em concreto. Há muito a fazer. Alguns de nós poderemos estar envolvidos em organizações, públicas ou provadas, que trabalham na área; outros, professores nos vários níveis de ensino, com a missão de formar e informar, sensibilizar, ajudar a preparar para ação; outros, podemos ser voluntários ou não ser nada disto. Não importa. SE cada um de nós, profissional ou pessoalmente, formos capazes de mobilizar conhecimentos seguramente as nossas atitudes e comportamentos serão melhores e, sendo melhores, contribuiremos todos para um mundo melhor e uma inclusão mais plena daqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade.
Portugal é um país humanista e envolvido; no que respeita às políticas de integração de imigrantes estamos muito bem classificados num conjunto muito significativo de dimensões e em relação a vários factores de integração.
Obrigada pela sua participação! :)
PSS
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