Com muito atraso, quero deixar a minha última humilde participação.
Não conhecia a metodologia AFIR, e ao analisar as etapas e exigências de cada uma delas, parece-me que consiste num modelo de práticas que conduzem à inclusão do refugiado, envolvendo-o e aos demais intervenientes, na sua integração. Depois de visualizar a reportagem de Catarina Santos e ouvir o testemunho de Samu, retenho os sentimentos de desconfiança e medo experienciados por esses homens e mulheres que atravessam mares em fuga de uma terra que deveria ser o seu lar. A minha inexperiência nessa área de acolhimento faz-me ter receio de dizer banalidades ante tal sofrimento mas penso que a inclusão deve permitir uma inclusão, monotorizada nas suas várias etapas, sendo que o refugiado deve ser sempre chamado a ser construtor da sua integração e não apenas um receptor passivo de um modelo de integração. As políticas de integração devem permitir que os os oceanos percorridos não tenham sido em vão e que em vez de naufrágios, se construa, no país acolhedor, uma promessa de futuro. Tendo em conta que sou uma principiante nesta área, penso que as políticas de integração, centrais ou municipais, se o querem ser, efectivamente, devem partir da análise das condições iniciais, a partir do diagnóstico psicológico, familiar, formativo, aspirações futuras,do refugiado, integrando uma equipa de profissionais - professores de língua portuguesa, assistentes sociais, psicólogos, técnicos de IFP, munícipes, ONGs, associações locais, etc- que permitam estabelecer parcerias de apoio e empreendedorismo social. Penso que a formação profissional é essencial para a integração futura.
Termino, agradecendo a possibilidade de aprendizagem neste espaço com tantos intervenientes experientes.
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