D. Filipe III, "O Grande". Foi rei da Terceira Dinastia e o 20º Rei de Portugal.
Filho de Filipe II, rei de Portugal e de Margarida de Áustria, rainha de Portugal. Nasceu em Valhadolide, Espanha a 08-04-1605 e morreu em Madrid, Espanha a 17-09-1665. Está sepultado em Madrid no Palácio do Escorial.
Começou a governar em 1621 e terminou em 1640.
Subiu ao trono com apenas 16 anos e sem qualquer experiência de governo.
Filipe III entregou a validos da sua confiança a direção dos assuntos de Estado, salientando-se o conde-duque de Olivares.
Em fins de 1634, foi nomeada vice-rainha de Portugal a duquesa de Mântua e Miguel de Vasconcelos assegurava o lugar de secretário de Estado, em Lisboa.
A miséria do povo e o seu descontentamento chegaram ao extremo. Aconteceram então diversos tumultos pelo país fora, um dos quais, o de Évora (1637), foi quase uma revolução. Desde fins de 1639, alguns nobres portugueses projetavam uma sublevação, para o que tentaram aliciar o duque de Bragança.
Em 1640, o principado da Catalunha (em Espanha) levantou-se em armas contra Filipe III (IV de Espanha), e o mesmo aconteceu com Portugal. O rei teve que bater-se simultaneamente contra Portugal, contra a Catalunha, contra a França, contra os Países Baixos e contra a Inglaterra. Esta situação favoreceu muito os interesses de Portugal.
No dia 1 de Dezembro de 1640, ocorreu o levantamento de Lisboa, que levou à detenção da duquesa de Mântua e à morte de Miguel de Vasconcelos, e que deu o trono português ao duque de Bragança, D. João IV.
O governo de Filipe III foi, em todos os aspetos, uma calamidade para os interesses de Portugal, sobretudo no que diz respeito ao Brasil, a Angola e ao Oriente. |