Concordo, Maria José. ! A perda de direitos é um dos fatores mais graves associados às pessoas refugiadas e desprotegidas de seu Estado de origem. Estar em outro Estado torna os refugiados em simplesmente "outros" de um certo Estado, não fazem parte e não são cidadãos daquele novo Estado e muito menos do seu de origem.
Esses "outros" - tornados assim por nossa causa - os "nacionais"- não participam da ideia de pertencimento a uma comunidade política, infelizmente! Os Direitos Humanos seriam reconhecidos e protegidos somente em virtude de serem direitos dos cidadãos, ou seja, aqueles que não têm cidadania, não teriam os mesmos direitos, gerando assim uma situação de vulnerabilidade.
Arendt (1989) fala do "direito a ter direitos" que seria exatamente o direito de cada indivíduo de pertencer à humanidade. Então o direito de pertencimento deveria ser garantido pela própria humanidade do sujeito, mesmo que estrangeiro, mesmo que "outro", mas infelizmente não é tão simples assim! Vejo isso aqui no Brasil, pois muitas vezes escutamos as pessoas falarem que se nem os brasileiros têm direito à educação, à saúde, por que os "outros/imigrantes/refugiados" teriam... Devem ter simplesmente pelo fato serem humanos!
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