Esta curta metragem, de uma simplicidade extraordinária na interpretação de duas personagens, o menino rico e o menino pobre, transmite-nos uma lição sobre a partilha sem esperar nada em troca. O sorriso do menino que nada tem é comparável ao sorriso do menino que generosamente dá o outro sapato. É nestas duas expressões, associadas à atitude, que ainda acredito ser possível a generosidade, a partilha, independentemente da raça, do género ou de outra qualquer caraterística diferenciadora.
Infelizmente, a realidade é bem mais dura e violenta e os interesses económicos e financeiros sobrepõem-se e impõem-se. Constroem-se mitos em torno disto e daquilo, dos refugiados por ex., para justificar o egocentrismo do poder. Basta analisar o que se tem passado na Europa neste último ano! Perante a maior crise de refugiados do pós-guerra, países como a Bulgária e a Hungria respondem com novos muros. Queremos com isto re(construir) uma Europa de arame farpado? Onde está a visão humanista tão defendida (outrora) pela Europa?
É urgente desconstruir os mitos que tornam as pessoas ainda mais ignorantes, com ações concretas, dando a conhecer as boas práticas, cumprindo a função de educador, demonstrar com convição que estamos indignados com este paradigma.
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