Ninguém pode ficar indiferente às imagens que nos chegam de refugiados a fugirem da guerra, das atrocidades, da pobreza sem hipótese de recuperação. Devemos ter em consideração que os refugiados não são pessoas que procuram melhores condições de vida, são, sim, pessoas cujas casas e cidades foram destruídas, cujas famílias foram mortas, que vivem constantemente em sobressalto com medo das bombas, de grupos armados, da perseguição religiosa e política.
É pela sua própria vida que percorrem quilómetros, que embarcam em viagens demasiado perigosas para qualquer ser humano. Ao chegarem à Europa, são vistos como massas humanas: grupos da Síria, do Afeganistão, do Iraque, etc., países que estão há demasiado tempo em guerra e cujos conflitos estão longe de terem resolução. Tal é inadmissível em pleno século XXI e, uma vez que, individualmente, é impossível resolver estes conflitos na sua origem, é nosso dever moral ajudar todas as pessoas que fogem deles. É nosso dever restituir a humanidade a todas estas pessoas e ajudá-las a construir uma nova vida sem medos.
Assim, torna-se importante que nós, enquanto cidadãos, tentemos sensibilizar os outros para esta questão e começar a considerar os refugiados não como uma massa de gente, mas como indivíduos, com nomes, sentimentos, experiências, esperança…
Para tal, solidariedade é a palavra de ordem, como o vídeo nos mostrou. E essa solidariedade não tem que ver com as capacidades financeiras de cada um, diz sim respeito a um sentimento de altruísmo para com os outros, sentimento esse que se reflete nas mais pequenas ações que tomamos todos os dias.
Para terminar, gostaria de terminar com uma citação do livro Little bee de Chris Cleave que versa o tema agora em discussão: “I was carrying two cargoes. Yes, one of them was horror, but the other one was hope.” E nós temos o poder de dar essa esperança de que precisam.
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