Para mim, a 4.ª figura é a que realmente representa a verdadeira inclusão, total e plena de um indivíduo, sem olhar às diferenças, tratando as pessoas com igualdade, integrando cada indivíduo como membro de uma só comunidade, onde todos terão os mesmos direitos e deveres.
Na figura 1, estrangeiros/migrantes e pessoas com deficiências ou incapacidades estão fora do círculo da comunidade em que deveriam estar inseridos e não lhes são reconhecidos direitos/deveres, sendo os mesmos excluídos da sociedade ou discriminados por esta.
Na figura 2, estrangeiros/migrantes e Pessoas deficientes ou incapacitadas formam uma comunidade à parte, por isso não são integrados e incluídos pela maioria e terão direitos/deveres próprios dos da comunidade global, o que não deixa de ser discriminatório a nível dos Direitos Humanos.
na 3ª figura, apesar de estarem inseridos numa comunidade, continuam a ser vistos e tratados de forma diferente, donde depreendo com direitos que na prática não são respeitados ou são negligenciados. Acho que aqui é mais um simulacro de inclusão, que pode ser perigosa e mais nociva para quem é alvo deste tipo de tratamento porque se cai no que muitas vezes se vê, infelizmente até no nosso país, onde temos leis, mas na prática não se vêem as suas aplicações no terreno que deveriam permitir inclusão e facilitar a vida desses cidadãos...
Cordialmente
Mª do Céu Vaz
Obrigada pelo seu contributo, Maria do Céu :) e seja bem-vinda ao Módulo 3!
Estou completamente de acordo consigo. Existe, de facto, uma enorme diferença entre o que representa a figura 3 e o que representa a figura 4. Pode existir "integração" sem existir "inclusão" - e essa é uma questão que se coloca muitas vezes na intervenção com populações em situação de vulnerabilidade, como é o caso dos refugiados.
Como muito bem chama a atenção, não se "inclui" por decreto...
Boa continuação!
PSS
Parece-me ser a figura 4 a que melhor representa o conceito de “incluir”. “Todos diferentes, todos iguais” num mesmo espaço.
Figura 1 – os “excluídos” parecem estar no exterior da sociedade, podemos por isso considerar que os “excluídos” são por isso duplamente excluídos.
Figura 2 – os “excluídos” formam uma comunidade à margem da sociedade. Os “excluídos” parecem estar organizados. Podemos considerá-los uma sociedade à margem da sociedade vigente.
Figura 3- os “excluídos” são uma comunidade dentro da sociedade. Os “excluídos” situam-se dentro da sociedade mas por estarem fechados “em si” estão numa situação que podemos considerar de “exclusão”.
Sendo que a “inclusão” é o conjunto de meios, ações e de vida comum em sociedade, a figura 4 parece ser a que melhor pode representar a “inclusão”, desde que sejam oferecidas oportunidades iguais de acesso a bens e serviços a todos.
Obrigada pelo seu contributo, Ana Paula.
É precisamente isso: "exclusão", "segregação", "integração" e "inclusão". E passar de uma situação para outra depende das possibilidades de acesso e do que cada um de nós é capaz de fazer...
Bem-vinda ao Módulo III :)
PSS
Bom dia,
em relação a figura e a partir das ideias de Jill Balescut and Kenneth Eklindh podemos observar a evolução do processo de inclusão.
As figuras 1, 2, 3 e 4 podem representar respectivamente:
1 - Exclusão - a negação completa das diferenças.
2 - Segregação - a simples aceitação enquanto caridade e "bondade"
3 - Integração - a compreensão das diferenças e algum esforço para tal.
4 - Inclusão - a partir do maior conhecimento parte-se para a equidade.
Tento sempre ter cuidado com o termo igualdade, prefiro pensar em equidade.
Olá Juliana
Bem-vinda ao Módulo 3 e muito obrigada pelo seu contributo.
Não posso estar mais de acordo - também prefiro pensar em equidade. Acabei agora mesmo de comentar uma imagem muito interessante partilhada por uma colega precisamente sobre a perspetiva crítica de igualdade. E a sua imagem funciona muito bem como resposta :)
Boa continuação,
PSS
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