Boa tarde,
Após análise das 4 figuras apresentadas, de facto, a figura 4 representa nitidamente a noção de inclusão na sociedade mas será que na realidade as coisas são mesmo assim? O conceito de Incluir, para mim, abrange várias valências tais como aceitar o outro tal como ele é e aí começa o problema. A sociedade nem sempre está formatada para aceitar o "outro " diferente que seja pela sua cor de pele, pelas suas limitações físicas ou mentais.
A figura 1 mostra uma sociedade ou uma forma de pensar muito própria em saber que a diferença existe e até há uma tentativa em pensar como agir mas mais fácil será só ficar pelo pensamento e não pela ação,...não há tempo para isso!
A figura 3 apresenta um grupo de pensamento que sabe que deve tentar aproximar-se do "outro" diferente mas deixa-se ficar no seu conforto não havendo "misturas", parece-me a forma do "Coitado"- é para mim uma imagem forte porque tentar é louvável mas fingir é mostra uma forma de egoísmo puro.
Serei demasiado cru, talvez mas a inclusão deve ser penada e aceite por nós como a via direta de pensamento para incluir todos os que nos rodeiam independentemente da sua religião, forma de pensar ou de agir. Nada fácil nesta sociedade na qual vivemos hoje em que por vezes, parece-nos que todo o esforço cria uma barreira em vez de uma via de ação.
No entanto, quero acreditar que se educarmos os nossos jovens a serem mais conscientes da realidade, teremos jovens mais ativos na inclusão das minorias.
Até breve,
Anabela
Olá Anabela,
Bem-vinda ao debate e obrigada pelo seu contributo :).
Tem toda a razão quando diz que a inclusão tem de ser pensada - não basta só "querer", são precisos alguns cuidados para "conseguir".
Remeto-a para a segunda atividade que tem por objetivo, precisamente, pensar o como ;)
Aceita o desafio?
PSS
Olá Anabela, demais colegas e professora Perpétua,
Concordo que, dentre todas as figuras apresentadas, a figura 4 seja a que representa a noção de inclusão, porém ainda, deve-se ter o cuidado de não achar que incluir é apenas permitir que "todos" compartilhem dos mesmos espaços e oportunidades, pois apenas abrir as portas de uma sala de aula para, por exemplo, promover a "inclusão" de alunos com alguma necessidade específica, não significará incluir, pois como bem coloca a professora Perpétua, por vezes formas apaixonadas e nobres podem surtir um efeito contrário ao que se pretende, caindo-se no extremo oposto do que poderia ser uma inclusão, mas que na verdade torna-se "exclusão".
Para superar atitudes nobres, mas não efetivamente inclusivas, faz-se necessário "conhecer para agir". Conhecer o Outro e apropriar-se de conhecimentos próprios para atender demandas específicas. Em se tratando da temática migratória, é preciso desenvolvermos uma postura ética perante os desafios postos a nós.
Faria (2012) fala que algumas questões se apresentam como emergentes para o desenvolvimento de uma postura ética no mundo contemporâneo e globalizado em que vivemos, que passam pelo desenvolvimento da bondade, do altruísmo e da empatia social, vitais para a percepção do Outro como portador de valor moral, o que significa compreender este Outro como um indivíduo com anseios, interesses e necessidades, que assim como de qualquer outra pessoa, precisam ser atendidas.
Continuemos nossas reflexões.
Boa noite!
Olá Fátima :)
Sem dúvida! Independentemente da sua condição, cada indivíduo tem anseios, interesses, necessidades. E para podermos agir de forma eficaz relativamente a cada um, indivíduo ou grupo, temos de conhecer, primeiro, essas necessidades.
Dai a importância da realização de um bom diagnóstico como etapa fundamental de um processo de intervenção.
Obrigada pelo seu contributo!
PSS
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