A reportagem “A Sul da Sorte” da jornalista Catarina Santos mostra-nos através de Samu, os graves problemas que enfrentam estas pessoas e que as levam a embarcar em viagens perigosas, numa situação ilegal para fugirem dos seus países.
É necessário traçar linhas de ação bem estruturadas nos territórios que acolhem refugiados.
O País de acolhimento tem primeiramente que dar resposta rápida às necessidades básicas destas populações.
É fundamental o diálogo e a cooperação entre diferentes agentes implicados no processo de acolhimento e inclusão, destas pessoas.
É necessário começar por desmistificar crenças e mitos junto das comunidades e sensibilizar para a diferença cultural, aprendendo a aceitá-la e respeitá-la, para aquando da chegada dos refugiados se conseguir uma verdadeira integração na comunidade de acolhimento.
Saúde, alimentação, habitação, obtenção de documentos, educação, aprendizagem da língua falada no país, para que possam comunicar, interagir, arranjar trabalho e tornarem-se autónomos, são preocupações importantes a ter em conta.
O Trabalho Social tem um papel fundamental nestas situações.
Uma intervenção eficaz deve desenvolver uma ação informada. Primeiramente deve ser feito um Diagnostico de modo a identificar os principais problemas. Depois passar para a criação de um Plano de Desenvolvimento Social, onde vão ser delineadas estratégias de intervenção e os objetivos a alcançar. Posteriormente deverá ser traçado um Plano de Ação, que consiste na identificação dos projetos e intervenções previstas, com a participação de todos os meios envolvidos.
Na minha opinião, uma intervenção não tem que utilizar apenas um Modelo, poderá conjugar diferentes Modelos, consoante os objetivos de ação, de forma a utilizar conhecimentos e estratégias das diferentes teorias, retirando o melhor e que mais se aplica a casa caso.
Existem diversos modelos, que uma situação como a que foi apresentada no vídeo se poderia apoiar, tais como:
- Modelo Sistémico: Defende que todos os indivíduos estão interligados e interdependentes de um conjunto de sistemas: família, trabalho, religião, etc. O Objetivo é melhorar a interação com a comunidade e com os sistemas que nos rodeiam de forma a melhorar a capacidade para solucionar problemas e ter uma vida satisfatória.
- Modelo de Intervenção em Crise: Apoia a pessoa e /ou família em crise de forma a mobilizar os seus recursos para superar o seu problema e recuperar o equilíbrio emocional de forma a conseguir oportunidades e perspetivas de vida.
- Modelo Centrado na Tarefa: Proporciona uma resposta prática, breve e eficaz centrada em objetivos e execução de tarefas solucionando problemas.
Numa situação de Inclusão de refugiados em Portugal, poderia basear-me também na Metodologia “AFIR”: Antecipar, Fomentar, Implicar e Robustecer.
Um Processo de Intervenção Social implica uma ser bem estruturado, com profissionais especializados nas diferentes áreas. Só assim, se conseguirá dar resposta a um desafio desta dimensão: Acolher, Formar e Incluir Refugiados.
Cara Mónica
Os modelos correspondem a sucessivas aproximações aos fenómenos, são construções que se vão melhorando e adaptando a partir da realidade. Um modelo é uma abstração. Reduz o fenómeno às suas linhas fundamentais, traduzindo a realidade numa linguagem lógica e serve de suporte para realizar tentativas de explicação; entre os modelos possíveis, escolhe-se aquele ou aqueles que melhor se adequam ao fenómeno em questão.
Um modelo em trabalho social engloba todos os aspetos que constituem uma intervenção social: teóricos, metodológicos e éticos de uma determinada forma de desenvolver a ação prática.
Não há, como refere, modelos únicos, há os que melhor se adequam a uma dada realidade considerando a sua complexidade.
A Mónica agarrou muito bem os contributos dos recursos de apoio e elaborou uma abordagem passível de se consubstanciar em ação. Reteve o fundamental: não há receitas prontas a aplicar e replicar, é preciso atender à situação concreta e essa situação muda - a intervenção no momento em que os refugiados chegam a terra é uma intervenção em momento de crise, depois vão passando por sucessivas etapas e as abordagens necessariamente também se vão alterando e adequando.
Excelente participação :)
Obrigada!
PSS
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