Boa noite a todos e todas!
Bem, não sei bem o que dizer mais e acrescentar algo novo, visto que concordo com a maioria dos colegas...é verdade, não há modelos únicos de intervenção social e devemos analisar bem antes de pôr em prática. Um bom modelo deve ser antes de mais bem fundamentado e adaptado para cada situação em concreto, avaliar bem as necessidades de cada um com vista à incluir os refugiados de forma mais eficiente. Como bem disse uma das colegas, Acolher, conhecer, formar, incluir, são passos muito importantes para ajudar os refugiados a retomarem uma vida normal. Para que a ação das organizações seja eficaz a formação de equipas multidisciplinares e apoios (governamentais ou não) são essenciais para promover uma intervenção ativa, consciente e dinâmica. Monitorizar e avaliar o trabalho desenvolvido e os resultados são etapas importantes para fazermos melhor e reavaliar as nossas competências. Não há métodos únicos, infalíveis porque nem todas as situações requerem as mesmas soluções. As situações mudam e não há intervenções prontas a aplicar. Cada refugiado é único, muito semelhantes entre si, no entanto, muito diferentes. Cada refugiado tem a sua história de vida, a sua bagagem emocional, os seus traumas e nem todos encaram as situações e a sua sobrevivência da mesma forma. Como na reportagem «A Sul da Sorte» se mostrou e bem, o espaço que foi construído para acolher os refugiados alberga várias nacionalidades. Como bem sabemos, em África nem todos os povos convivem de forma pacífica, há sempre rivalidade e a Líbia não é excepção. Samu explica-o bem, porque começou a ser cada vez mais ameaçado devido à sua cor de pele, num país profundamente muçulmano que vêem os negros com bons olhos...E nessa aldeia italiana, há uma mistura cultural imensa e complexa que requer uma logística também ela complexa para poder ser ela também eficaz. Daí, as esquadras de polícia instaladas em cada rua (acho que vi bem...) são importantes para o bom funcionamento da «aldeia» e para resolver qualquer tipo de conflito. A reportagem está muito bem estruturada e para mim, permitiu-me conhecer o outro lado do acolhimento de refugiados que se faz na Itália. Fiquei maravilhada com a prontidão do governo italiano bem como do seu povo de acolher os refugiados e de lhes dar uma vida digna. É raro de se ver uma aldeia de acolhimento daquela dimensão e que proporciona aos refugiados as suas necessidades básicas, o acesso à educação e os valores da tolerância. A tolerância é um dos elementos-chave que fazem desta aldeia um modelo a seguir. Fiquei fascinada por ver a Itália, um país tão orgulhoso das suas raízes e da sua cultura, que já enfrentou grandes adversidades e muita destruição ainda consegue ser tão generoso. A compaixão e a solidariedade podem fazer muitos milagres. O sucesso das intervenções parte das vontades de cada um!!! Não podemos perder a esperança de que podemos ter um mundo em paz e tolerante.
Após reler vi que há um erro...eu queria dizer « num país profundamente muçulmano que não vê os negros com bons olhos...»
Não se preocupe, percebeu-se perfeitamente ;)
PSS
Cara Sabrina
Sintetizou muito bem questões fundamentais e transversais em qualquer processo de intervenção.
Concordo consigo, não podemos perder a esperança quanto à possibilidade de um mundo melhor e, para além disso, não devemos deixar de agir, cada um de nós individualmente, nesse sentido.
Obrigada pela sua participação,
PSS
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