A condição de refugiado decorre, desde logo, de situações traumáticas provocadas pelos conflitos regionais (muitas meses alimentados pelas grandes potências mundiais) e por alterações climáticas (caso dos refugiados ambientais) que os obriga a sair da sua pátria provocando um desenraizamento cultural e familiar.
Perante estas situações, os refugiados são obrigados a sair do seu contexto e aqui começa uma outra saga cujos obstáculos não passam só pela língua, pelo trauma de guerra, mas sobretudo pelas condições de acolhimento que nem sempre são as melhores. Os exemplos atuais dos campos de refugiados mostram que os obstáculos são muitas vezes criados aqui: os poderes políticos não se entendem quanto à necessidade do acolhimento e dos processos de integração que privilegiam a condição humana, o respeito pelos direitos humanos. A exclusão, o isolamento, o preconceito é de evitar pois aumentam os riscos de trauma psicológico de todos os que foram obrigados a deixar para trás as suas raízes culturais.
Nos países de acolhimento e depende das políticas favoráveis ou não, as pessoas reagem de forma positiva ou negativa.
Há que promover (e cada um de nós tem o dever), em prol da defesa dos direitos humanos, o diálogo intercultural, desmontando os mitos acerca do refugiado, respeitando a diferença cultural e religiosa, criando condições para que o outro (que afinal poderia ser eu) tenha acesso as condições dignas, porque afinal o importante é preservar a nossa dignidade. É o que resta, enquanto espécie, para legarmos às gerações vindouras.
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