Refletir sobre os principais obstáculos com que os refugiados se confrontam, atualmente, exige-nos uma grande capacidade empática, sobre aquilo que os outro pensa, sente e deseja. Olhar para estes obstáculos implica, antes de mais, olhar para os refugiados como pessoas com todos os seus direitos e deveres e, com todas as fragilidades inerentes à sua situação.
Parece-me que que o foco da análise deverá, não só incluir as diferenças, sociais e culturais, que tantas vezes parecem separar-nos destas pessoas, mas sobretudo deverá ter em conta todas as nossas semelhanças.
Neste sentido, volto à pirâmide das necessidades de Maslow, que não diferencia as necessidades de refugidos e não refugiados. Sabemos que as necessidades fisiológicas básicas e de segurança são fulcrais para garantir o bem estar de cada um de nós. Como poderão, então, os refugiados ultrapassar este primeiro obstáculo se não lhes estão garantidas estas mesmas necessidades básicas?
Posteriormente, assumimos a importância que as necessidades sociais, de pertença e de inclusão a um grupo assumem. Mais do que integrar estas pessoas num novo país, numa nova cultura, importa, verdadeiramente, inclui-las. Mas como poderemos incluir alguém se, tantas vezes, os refugiados não são vistos como um de nós?
Se pensarmos que no topo desta pirâmide estão as necessidades de autoestima e de autorealização, então importa olhar para os refugiados como pessoas capazes e merecedoras de construir projetos de vida, que vão ao encontro dos seus interesses, desejos e sonhos. Mas como poderão estas pessoas construir projetos de vida positivos e enriquecedores?
Concluía esta minha participação com a ideia de que se na garantia das nossas necessidades, o papel do outro é também fundamental, importa que todos assumamos a nossa quota parte na construção de uma sociedade mais justa, solidária e empática.
Redes Sociais