A Fig 4 é a que corresponde ao conceito de inclusão.
Incluir significa “compreender, abranger, encerrar, inserir; conter em si; envolver, implicar; pôr ou estar dentro; Inserir num ou fazer parte de um grupo”. Não deve haver barreiras, devemos todos fazer parte do mesma unidade, termos oportunidades, direitos, responsabilidades e deveres iguais. Nesta fig. estão todos incluídos na mesma unidade, não existindo barreiras, sendo todos vistos de forma igual.
Na Fig 1 – existe uma barreira que separa os que estão incluídos e os que não o estão. Os que estão de fora, os excluídos, gravitam em torno dos incluídos de forma solitária.
Na Fig.2 – há uma divisória evidente que engloba os incluídos vs excluídos, estando os últimos desta vez unidos mas na mesma de fora, do que é suposto dar-nos bem estar e qualidade de vida.
Por fim, na Fig.3 – Embora estejam todos dentro do mesmo grupo, todos na mesma unidade, continua a haver uma separação/barreira entre ambos os grupos, não sendo o suposto quando se trata de inclusão.
A Inclusão social, como já referi anteriormente, é oferecer oportunidades iguais de acesso a bens e serviços a todos.
Concordo com a colega Joana Nogueira.
Para mim, a figura que representa a inclusão é, sem dúvida, a figura 4. É na figura 4 que está representado o verdadeiro “todo” - todos fazem parte do mesmo grupo, a convivência é um processo natural entre todos e a diversidade é respeitada.
Ao observar as quatro figuras, foi fácil de tomar uma decisão, pois quando penso em inclusão recordo-me sempre das palavras de Maria Teresa Eglér Mantoan, que defende que “inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças” e não existe outra imagem que consiga representar isso.
A figura 3, a meu ver, representa aquilo a que chamamos de integração, ou seja, apesar de existir espaço para todos no mesmo espaço físico, continua a haver uma separação. Existe um grupo dominante e um núcleo específico para as pessoas que se afastam das características do grupo dominante.
A figura 1 representa a exclusão, pois observamos um grupo que “não tem espaço” para a diferença, ou seja, onde a diferença é colocada de parte, fora do grupo. E, por sua vez, a figura 2 representa a separação em dois grupos distintos, onde a diferença continua a ser excluída, à semelhança do que acontece na imagem 1, com a diferença de que agora os “excluídos” estão unidos entre si.
Não posso deixar de concordar com as duas colegas. A fig.4, na minha opinião é aquela que representa a verdadeira inclusão. Todos diferentes, convivendo no mesmo espaço com os mesmos direitos e oportunidade, sem nichos protetores- "ser diferente não é problema, problema é ser tratado de maneira diferente".
Nas restantes figuras, embora mais evidente numas do que em outras. o diferente é colocado e visto como diferente, não podendo por isso quqlquer delas ser uma representação plena do que é Inclusão.
Boa tarde!
Depois de ler as opiniões das colegas, concordo com o que já mencionaram.
A única imagem que corresponde ao conceito de "incluir" é a n.º4. Para haver inclusão tem de haver cooperação, respeito, partilha (oportunidades, espaços e ideias), igualdade, valorização e reconhecimento de que TODOS somos diferentes, mas que todos juntos construímos um mundo melhor, independentemente das nossas características físicas, sociais ou cognitivas.
Na figura n.º1 temos um exemplo de exclusão, na figura n.º2 um exemplo de segregação e na figura n.º3 o que muitos dizem que é a inclusão... está incorreto... na figura n.º3 temos um exemplo de integração.
Estando eu a frequentar o Mestrado em Educação Social e Intervenção Comunitária, deixo-vos um link que fala sobre a integração e a inclusão em contexto escolar... http://revistas.ulusofona.pt/index.php/rleducacao/article/view/691
Boa noite
A Figura 4 constitui-se como a que melhor representa o conceito de integração, num ecossistema onde todos interagem nas suas múltiplas actividades, com as suas diferenças e semelhanças, gerando saberes, competências e desenvolvimento colectivo, onde a exclusão dá lugar à inclusão, à partilha, ao diálogo, e à formação de novos micro-sistemas.
Partilho um link onde se podem observar várias fotos de refugiados do campo (da Selva) de Calais no Norte de França. agora "integrados" em diversas cidades francesas, onde tentam recomeçar uma nova vida. A palavra Inclusão, ganha no caso concreto, uma nova interpretação pela força que revela ao ser pronunciada e desejada por todos aqueles que têm de recomeçar uma vez mais. Tal como alguns de nós.
http://www.tvi24.iol.pt/fotos/internacional/a-vida-depois-da-selva-de-calais/5820b3b40cf2d549d55614e0
Cumprimentos.
Carlos Silva
Olá Carlos :)
Muito interessantes as fotos que partilhou. Deixaram-me a pensar... inclusão? integração? segregação? Como podemos entender a realidade que revelam?
Muito obrigada pelo seu contributo e seja bem-vindo ao Módulo 3!
Boa continuação,
PSS
Olá Sílvia :)
Bem-vinda ao Módulo 3 e muito obrigada pelo seu contributo!
Cooperação, respeito, partilha, igualdade, valorização e reconhecimento. Aponta um conjunto de "ingredientes" sem os quais a inclusão não é possível. E, claro, também concordo consigo quanto à distinção patente nas figuras (3 e 4) no que respeita a "integrar" e "incluir".
Porque será que o mais comum é ouvir a expressão "integração dos refugiados"?
Obrigada pelo link para o artigo. Sendo num contexto específico (o educativo) traz contribuições importantes para o entendimento do conceito de inclusão (e é a nossa maior preocupação - como passar da integração à inclusão?).
Boa continuação!
PSS
Precisamente Isabel, o problema não está em ser diferente mas em como, tantas e tantas vezes, essa diferença é vista e em como atravessa as nossas práticas. É claro que somos diferentes. O que temos de ter em atenção é não deixar que a diversidade se transforme em desigualdade (ou agudize as desigualdades já existentes).
Muito obrigada pelo seu contributo e seja bem-vinda ao Módulo 3! :)
Boa continuação,
PSS
Olá Bruna :)
Obrigada pelo seu contributo e bem-vinda ao Módulo 3!
Também acho! É mesmo um privilégio conviver com a diferença! Acredito que ter a capacidade de reconhecer que o diferente existe (não é melhor, nem pior, é diferente) faz toda a diferença quando nos preocupamos verdadeiramente em incluir e não apenas integrar...
Boa continuação :)
PSS
De uma maneira geral, concordo com todas as opiniões aqui expressas, mas penso que as descrições apresentadas pela Bruna, com uma seleção muito pertinente de palavras-chave, são as que melhor "legendam" as imagens.
Não há dúvida que a imagem que representa a inclusão é a 4, onde não encontramos minorias excluídas da maioria, ou, com os seus pares, a tentar encontrar um lugar dentro desse grupo maior, para "acomodar" a sua diferença sem "obrigá-lo" a mudar hábitos e comportamentos, a não ser a disponibilidade para aceitar.
Estas representações fizeram-me lembrar uma situação com que fui confrontada o ano letivo anterior. Sou professora contratada e, uma vez mais, foi-me atribuído um horário de Português Língua Não Materna. Era uma turma de apenas 6 alunos, 3 caboverdianos, 1 romeno e 2 paquistaneses, irmã e irmão. Três continentes, três culturas, três religiões e três educações (escola e família) diferentes. Estes alunos foram inseridos em turmas e aí misturavam-se com a maioria, de tal forma que aquela hora diária de PLNM, quando cada um se reencontrava com as outras minorias, representava o "reganhar" da sua identidade. Para além do objetivo comum de aprender a língua do país de acolhimento, havia um sentido de identificação mais profundo que só aí era plenamente vivido. É por isso que falar de processo evolutivo quando se aborda a inclusão faz todo o sentido. Quando encontrei estes meus queridos alunos, eles estavam claramente posicionados na fase 3 (imagem 3). E só no final do ano letivo me pareceu haver um ou outro que se aproximava da fase 4, não só por terem feito esse caminho emocional, cultural e educativo dentro do contexto escolar, mas também porque a forma como passaram a ver-se influenciou claramente a forma como os outros passaram a percebê-los dentro desse mesmo contexto. E após diversas iniciativas e atividades desenvolvidas na escola, a maioria começou a perceber o que tinha a ganhar com a diversidade trazida por esses novos colegas. Demorou, não foi sempre bem recebido, mas produziu um efeito maravilhoso que foi só o princípio e só a gota de água num imenso oceano...
Ana Água
Viva Ana, bem-vinda ao Módulo 3!
Que bom exemplo que também nos traz. E que pertinente a sua identificação da posição do grupo de alunos em relação às imagens. Como aquilo que parece tão pouco (no fazer) pode ter consequências tão importantes (no resultado).
É bem verdade que o caminho faz-se caminhando e que os tempos e os momentos de chegada de cada um a cada etapa são diferentes. Por isso que um processo de inclusão não tem previsão de fim... podemos saber quando começa, mas nunca sabemos quando estará concluído.
Disse uma coisa tão importante: "a forma como passaram a ver-se influenciou claramente a forma como os outros passaram a percebê-los dentro desse mesmo contexto". O desafio também reside nessa reciprocidade.
Pequenos contributos promovem grandes melhorias no todo :)
Obrigada pelo seu contributo!
PSS
Olá Bruna.
Interessante a sua postagem sobre a representação da inclusão social.
Compartilho uma reportagem que aborda sobre Iniciativa promove inclusão social de refugiados que estão no Brasil.
Segue o link do vídeo http://globoplay.globo.com/v/4296558/
Abraços.
Ana Sampaio, olá!
Só agora tive oportunidade de visionar o vídeo que partilhou. Muito interessante e com indicações muito pertinentes.
Não sei se usa o facebook, mas se usar sugiro que partilhe de forma mais ampla!
Muito obrigada :)
PSS
Olá Joana :)
Obrigada pelo seu contributo e seja bem-vinda ao Módulo 3!
Na minha perspetiva, chama a atenção para um ponto fundamental: "igualdade de oportunidades no acesso". Sem dúvida que essa é uma das chaves para a inclusão e que ajuda o distinguir o conceito relativamente ao de integração. Não basta "estar lá", é preciso "fazer parte de..." e "estar implicado...".
Implicar os sujeitos no processo é um dos maiores desafios do intervenção social com populações em situação de vulnerabilidade.
Joana e colegas, vamos tod@s reflectir sobre como promover essa "implicação"?
Boa continuação ;)
PSS
Nota: Achei curioso ter partilhado essa imagem com a frase de Paulo Freire - também a usei como imagem introdutória num Módulo de uma UC que dou no Mestrado em Educação Social e Intervenção Comunitária. Estamos em sintonia!
Boa tarde a todos
Como referiam colegas e docentes nas análises sobre a temática deste módulo, integrar, segregar, excluir, não são apenas verbos e de difícil conjugação, são acima de tudo realidades que muitos vivemos ou já soubemos de alguém que viveu estas situações.
Uma vez mais trago à discussão no fórum 2 exemplos de vida pessoais (as minhas sinceras desculpas a todos por me permitirem que os descreva).
O primeiro exemplo de segregação, exclusão, dificuldades de integração e dificuldades de acolhimento, senti quando fiquei órfão aos sete anos, num período complicado do meu crescimento como criança e sobretudo numa fase de muitas dificuldades sócio-económicas que o nosso país atravessava.
Onde nasci, na Península de Setúbal, o bairro era pobre no seu aglomerado habitacional e populacional, com empregos duros e mal remunerados, com uma taxa de analfabetismo demasiado elevada (onde os meus familiares se incluíam), onde tudo se comprava fiado e tudo se pagava religiosamente no final da semana, quando as fábricas da região, pagavam a cada sexta-feira ao final de tarde, um pouco mais aos homens, um pouco menos às mulheres.
Foi neste bairro que nasci e cresci. Ao ter ficado órfão e com a restante família em zonas diferentes do país e alguns emigrados noutros países, foi difícil ficar só numa casa onde tudo faltava.
Estava integrado no meio onde sempre tinha vivido mas ao ter terminado o denominado ensino primário, tive de ir para a cidade para poder continuar a estudar no 2.º ciclo e no ensino unificado, como se denominava na época.
E foi nesta transição do bairro para a cidade que senti os efeitos da segregação tal como a conhecemos e debatemos hoje mas que na época eu via como mera rejeição.
Para tentar "anular" a rejeição e a privação que sentia, da falta de acolhimento de uma família, de simples alimentos, roupas, livros, transportes e tudo o mais que um jovem que entra na fase da adolescência, minimamente necessita para ter um crescimento equilibrado, necessários ao seu bem-estar biopsiosocial.
Com 10 anos iniciei aos sábados a realização de pequenas tarefas de distribuição comercial, que me rendiam dois escudos e cinquenta centavos, verba esta que ajudava durante a semana para compra de um caderno ou de um simples bolo de milho com canela comprado no bar da escola.
Continuei a trabalhar mas já no período da noite numa panificadora. De manhã deixavam-me na porta da escola que passou a denominar-se C+S e depois Secundária. Com 14 anos iniciava desta forma um trabalho a tempo inteiro, naquele espaço fabril, com pouca remuneração, horas a mais de trabalho, a menos de descanso e de estudo.
A segregação foi dando lugar à integração, na escola e na cidade onde comecei a ficar. Com o pouco salário ganho ia comprando o necessário para poder andar na escola, comprar vestuário, sair com algum amigos...
O ensino secundário foi interrompido pelo serviço militar durante 24 meses. Voltei posteriormente à escola para concluir o ensino secundário e realizar as primeiras provas de acesso ao ensino superior.
Já em Lisboa conclui a minha primeira formação académica universitária.
As palavras segregação, exclusão, integração, acolhimento foram perdendo força e sentido, mas ganharam novas roupagens e novos actores na sociedade portuguesa.
Tenho duas filhas. Uma com 25 anos, já formada e integrada no mercado de trabalho e outra com 21 anos, que sofre do Síndrome de Rett, com incapacidade permanente de 98%, diagnosticada aos 7 anos de idade.
E como muitos pais com crianças portadoras de deficiência, também eu e a restante família lutamos todos os dias, pela não existência de segregação, exclusão, marginalização ou invisibilidade, tipo de nevoeiro que toma conta de alguns olhares mais microscópicos.
Sem lutar por um mundo mais igual e que possa dignificar cada ser humano nas sua diferença e singularidades, o sentido da vida, fica com pouco sentido.
Obrigado pela atenção.
Cumprimentos,
Carlos Silva
Olá Carlos;
Fiquei impressionadíssima com a sua história de vida.
O Carlos é um excelente exemplo de alguém que lutou forte e vivamente contra a segregação e a exclusão.
Recusou-se a sua condição de ser apenas mais um nas taxas de alfabetismo em Portugal e lutou. Lutou com todas as forças que tinha e é um exemplo de vida.
Como se não bastasse a vida ainda o continuou a privar e confrontar com novos desafios, desta vez com uma das suas filhas. Mas o Carlos continua a mostrar que não se deixa abater e mesmo dentro das limitações que a sua menina possa ter, de certo que estará orgulhosa do pai que tem, que é um exemplo de vida e um modelo a seguir.
O Carlos é um espelho vivo de algo que Mahatma Gandhi costumava dizer:
"Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo."
Um bem haja e muito obrigado por nos ter considerados dignos de tal partilha.
Caro Carlos
Nós é que agradecemos a sua confiança, abertura e disponibilidade para partilhar connosco um pouco da sua história de vida. Os relatos na primeira pessoa chegam mais rápido ao nosso coração e às nossas consciências, fazem-nos refletir ainda mais séria e profundamente e contribuem para diminuir a invisibilidade a que se refere no seu texto. Muito, muito obrigada pela sua partilha.
Do ponto de vista pessoal, dizer-lhe o quanto é corajoso e o quanto deve orgulhar-se do seu percurso é pouco. A sua trajetória de vida é um exemplo de determinação e de fuga à profecia que se cumpre por si própria - contrariando todas as expetativas que nas sociedades se depositam negativamente em relação aos que, por uma razão ou outra, têm vivido em circunstâncias de vulnerabilidade ou têm as suas origens em contextos vulneráveis. Mostrou bem como podemos "fintar o destino". Muitos parabéns pela pessoa que demonstra ser. :)
Do ponto de vista do exemplo académico, chama a atenção para um conjunto de questões que, apesar de poder parecer que ultrapassam o âmbito específico deste MOOC, na verdade podem e devem ser apropriadas nas nossas discussões e reflexões.
Começa por mostrar uma questão muitíssimo importante: tornou-se elemento activo na gestão do seu próprio processo de inclusão implicando-se a si próprio na sua construção.
O que nos remete, pelo menos, para duas questões fundamentais: 1) O caminho a percorrer é sempre de duas vias; se, por um lado, quem acolhe ou participa de alguma forma na construção do processo de acolhimento é determinante no sucesso das iniciativas que, nesse sentido, se desenvolvem, por outro lado, aquele que se encontra na posição mais vulnerável também tem de estar aberto e disponível para aceitar e enfrentar a nova realidade (por muito difícil que seja), ser agente activo na construção da sua própria autonomização. Se é fácil? Não. E o Carlos, seguramente, saberá falar das dificuldades com muito mais propriedade do que eu. 2) Se as populações refugiadas são, à partida, um grupo vulnerável, essa vulnerabilidade não se restringe apenas (e não é pouco) à condição de refugiado. A vulnerabilidade é aumentada e potenciada por um conjunto de outros factores, uns decorrentes dessa condição, outros que já podem vir acoplados. Os refugiados são, também, uns crianças, outros idosos, mulheres, desempregados, portadores de deficiência, com problemas de saúde, económicos, de comunicação (a língua, de que já falaram no módulo anterior mas que é uma barreira que pode levantar tantas outras)... poderíamos continuar a enumerar aspetos potenciadores de outras vulnerabilidades que podem ser cumulativas.
Então como lidar com tudo isto? Como intervir em contextos sociais com tamanha complexidade?
Sem prejuízo de continuarmos a debater neste Fórum, onde terei muito gosto em continuar a conversar com tod@s, talvez seja chegada a hora de avançarmos para a próxima etapa. Estão abertos os restantes recursos de apoio e, também, as atividades deste Módulo. Espero que vos sejam de utilidade - não só para alimentar as nossas trocas de impressões, mas como elementos de ajuda na nossa ação futura. Fico à vossa espera, para continuarmos a debater e a refletir.
Mais uma vez, os meus mais sinceros agradecimentos ao colega Carlos.
PSS
Que belíssimo testemunho!
Obrigada :)
Boa noite a todos!
A mim não foi possível responder antes a esse primeiro desafio. E agora que houve tantos contributos excelentes e completos não eh nada fácil dizer algo que ja não tenha sido muito bem dito e exemplificado.
Sem a menor sombra de duvida a figura 4 representa o verdadeiro sentido da palavra inclusão. Segundo o material de apoio preparado pela professora Perpetua Santos Silva, ao citar Correia (2010) o conceito de inclusão "não deve ser entendido como um conceito inflexível, mas deve permitir que um conjunto de opções seja considerado sempre que a situação assim o exija". E a figura 4 representa esta inclusão, onde convivem no mesmo ambiente, de forma igual, as mais diversas pessoas.
Olá Denise :)
Sempre a tempo de acrescentar um contributo. Fez muito bem em mobilizar informação do material de apoio. A inclusão é um processo, estando sempre em desenvolvimento. Como as nossas discussões nos fóruns ;)
Seja muito bem-vinda ao debate!
PSS
As discussões mostram que a inclusão de pessoas deve se dar em todas as instâncias, tendo como caráter principal o respeito às diferenças e a luta por uma educação que valorize a experiência de cada sujeito, considerando-o como um ser único e de saberes diversos.
Educar para a diversidade requer ensinamentos e atitudes que reconheçam os conhecimentos advindos do outro, agindo de forma solidária e igualitária, na qual há a troca mútua de experiências entre os envolvidos.
Boa tarde e um bom sábado.
Gostaria de agradecer a todos as palavras que deixaram neste fórum sobre o meu testemunho pessoal enquadrado na temática do curso. Obrigado uma vez mais.
No dia seguinte à minha participação neste espaço foram conhecidos os resultados das eleições presidenciais norte-americanas e o "Mundo sobressaltou-se" sobressalto esse que ainda hoje continua com algumas "réplicas como se de um tremor de terra se tratasse. Abordo esta questão somente pela importância que tem e devidamente enquadrado no tema deste curso e nos assuntos que nele são abordados. Sobressalto resultante do pensamento e promessas deixadas em plena campanha eleitoral pelo candidato que acabou por ser eleito como o 45.º Presidente dos Estados Unidos. As constantes referências ao racismo activando movimentos de xenofobia, o discurso nacionalista sobre emigração e em especial sobre o acolhimento de refugiados e os efeitos malignos da sua possível inclusão na sociedade norte-americana, as constantes ameaças de revogação de acordos de cooperação, de segurança e defesa, de comércio,.., que os Estados Unidos da América têm com outros países, entre outros assuntos abordados pelo então candidato e agora Presidente eleito, provocaram reacções adversas , preocupantes e expectantes sobre o que eventualmente poderia acontecer caso o candidato fosse o vencedor (ideologia ainda assim partilhada por muitos) como veio a acontecer.
O olhar de milhões de pessoas, países e de líderes políticos, entre outros, estão direccionados para o "Day After" do novo presidente norte-americano. Algumas das palavras que teve oportunidade de verbalizar nos últimos dias após a sua eleição, revelam uma nova maquilhagem (ainda que imperfeita) com sílabas envergonhadas, com sons e tons misturados sem método, de forma apressada para a ocasião, o espaço e o tempo.
Certamente que tudo poderá ser diferente, que tudo deverá ser diferente. Considero que o curso que nos encontramos a frequentar constitui-se como uma bússola para os muitos caminhos que existem ainda por abrir, construir, mudar ou reconstruir com todos e para todos, sem divisões ou segregações, sem discriminações ou exclusões, sem receios de ventos e marés, de ideias e de ideologias, com lugar para a discussão, a crítica, o respeito pelas diferenças e pelas convicções mas sobretudo sem abdicarmos dos valores humanistas de que nos orgulhamos, no passado e no presente, que nos tem permitido manter a nossa identidade e unidade.
Partilho convosco um link de uma organização belga de apoio a refugiados e que também aborda outras temáticas situadas nas margens deste problema.
https://www.cire.be/
Continuação de um bom fim de semana para todos.
Cumprimentos,
Carlos Silva
Caro Carlos
Obrigada pela sua partilha, ainda não tive oportunidade de explorar devidamente o site que indica mas espreitei e pareceu-me um recurso interessante.
Quanto à sua reflexão, confesso que foi com muita surpresa que assisti aos resultados das eleições nos EUA. É, do meu ponto de vista, preocupante que um país com o histórico dos Estados Unidos possa ter escolhido para Presidente alguém que manifestou um discurso tão distante da(s) liberdade(s) comumente associadas ao país. E é duplamente preocupante - por um lado, pelo receio das medidas e políticas que possa vir efetivamente a desenvolver (embora eu ache que vai fazer bem menos ou de forma menos radical do que ameaçou...); por outro lado, se o discurso racista, xenófobo, sexista venceu é porque estes ideais se encontravam latentes numa grande escala entre os cidadãos votantes. E isto é, para mim, muito preocupante.
Estou consigo e sublinho tudo o que diz no seu último parágrafo!
PSS
Boa tarde.
Parece-me que de uma forma unânime, a figura 4 é aquela que corresponde ao conceito de “inclusão”. Demonstra que não temos que ser todos iguais para nos sentirmos parte integrante de um mesmo grupo, independentemente das nossas características físicas, cognitivas, ou mesmo sociais.
A figura 3, no meu entender, sugere o conceito de “integração”, ou seja, apesar de estarem todos integrados num determinado grupo, as barreiras sociais, físicas e culturais sobrepõem-se ao conceito de “inclusão”. Caso para dizer “todos diferentes, todos iguais, no entanto, existem uns mais iguais que outros”.
A figura 2 remete-nos para os anos 70/80, onde se aceita que existem pessoas com características “diferenciadoras”, propondo que estas façam parte de um mesmo grupo, ou seja, que estejam referenciadas e colocadas num grupo específico e restrito, desde que este grupo não se misture com o resto da sociedade, que se crê mais “normalizante”.
Por fim, a figura 1 ilustra um modelo xenófobo e de exclusão em relação aos direitos humanos, que nos dias de hoje pode ser apelidado de “analfabetismo social e humano”.
Miguel Branco
Olá Rosa :)
Educar para a diversidade exige, de facto, reconhecer o outro na sua plenitude.
Obrigada pelo seu contributo e boa continuação de reflexões e partilhas!
PSS
Penso que ninguém estranhará se eu concordar com os colegas que defendem que a figura 4 é aquela que melhor representa o conceito de inclusão.
Concordo com todos os que defendem que inclusão passa por envolver o indivíduo ou comunidade na sociedade respeitando as características que as tornam únicos.
Apesar deste curso de formação estar direccionado para o acolhimento de refugiados, nas nossas escolas lidamos com comunidades e indivíduos com culturas muito próprias: cultura Cigana, Muçulmanos, imigrantes de países de língua oficial portuguesa, imigrantes de leste,... Também com estas comunidades é preciso conhecer/compreender para poder agir.
Em relação aos refugiados a inclusão há que ter uma maior sensibilidade ao lado emocional, já que a fuga está associada a traumas que poderão dificultar a sua inclusão.
Olá a todos e todas! Depois de analisar as figuras, penso que a figura que representa o conceito da inclusão é a número 4. Pelo que tenho lido dos comentários, essa opção é a mais óbvia de todas.
É difícil não concordar com a maioria das opiniões e fico satisfeita por ver que os fóruns são cada vez mas espaços de partilha, sentimentos e experiências de vida. Ao partilharmos podemos contribuir. O tema da inclusão é muito pertinente e vemos cada vez mais nos meios de comunicação falar da inclusão. Mas o que é realmente a inclusão? Estamos a viver realmente numa sociedade inclusa? Penso que ainda não...segundo Freire os indivíduos devem ser aceites e respeitados naquilo que os diferencia dos outros. Ele não deixa de ter razão e essa via é geralmente a «socialmente aceite» mas na prática vemos que é uma prática quase utópica. Para muitos indivíduos, a inclusão é pouco visível e pouco aceite, sobretudo para pessoas com deficiência. Todos os dias, as pessoas com deficiência lutam pela sua diferença e pela sua dignidade e no entanto, elas continuam a viver «à margem da sociedade». E não deveria ser assim, porque não deixam de ser pessoas e seres únicos com mentes extraordinárias. Nós é que não sabemos bem lidar com a diferença. Enfim, o mundo foi desenvolvido para a normalidade e as pessoas com deficiência são forçadas a se adaptarem para esse mundo. Acho interessante a ideia de Freire sobre o contexto educacional mas não deixa de ser uma meia-verdade...ele refere que todos os alunos tem o direito de desenvolverem e concretizarem as suas potencialidades através de uma educação com qualidade...mas sabemos bem que poucas escolas foram talhadas para incluir alunos com deficiência. Com os refugiados, o processo será muito parecido porque são pessoas com uma cultura diferente e muito própria. Estou de acordo com a colega Eva Rodrigues de que é preciso conhecer e compreender para poder agir e que devemos ter grande sensibilidade para lidar com os seus traumas e problemas. Mas será que as escolas estão preparadas para acolher crianças de meios diferentes? Sei que há exemplos de escolas que acolham crianças de todas as raças e culturas mas acredito que muitas outras escolas muito dificilmente as aceitam. Posso estar a dizer uma barbaridade, e se estou equivocada peço desculpas.
Cara Eva
Absolutamente de acordo consigo.
Os materiais partilhados neste Módulo podem ser mobilizados para qualquer contexto e situação de vulnerabilidade e exclusão - claro, com as devidas adequações à realidade em questão.
Obrigada pela sua participação,
PSS
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