Boa noite, a todos e a todas.
Na figura nº 1 está representado o fenómeno social de exclusão. Existe um grupo padrão e todos aqueles que não se enquadram no mesmo, vivem à margem do grupo. Como mãe de uma criança que ingressa no sistema educativo em desvantagem pela sua condição de saúde, senti na pele, através do desgosto de uma criança de 6 anos, a quem a pausa da sala de aula lhe foi negada, porque não lhe foi atribuído o recurso humano necessário para que, de uma forma auxiliada e vigiada pudesse brincar “como os outros”.
Na figura nº 2 está representada a segregação. A segregação nega ao sujeito algo tão simples como a integração dos tempos familiares. Por falta de resposta e regulamentação legal, muitos dos idosos, como outros sujeitos detentores de uma fragilidade, têm negada a participação num meio comum, como o espaço família. Para essas pessoas são criadas instituições onde vivem à parte dos outros.
Na figura nº 3 está representada
a integração. Recordo-me dos anos em que o meu filho mais novo não pode
frequentar as mesmas aulas que os seus colegas. O medo do diferente estava
presente e as aulas de educação física, por exemplo, só eram possíveis porque a
mãe estava presente e sob a minha responsabilidade e orientação, a criança
correspondia aos exercícios propostos à turma. De outra forma estaria à margem,
assim, esteve integrado embora não fosse incluído no programa do professor.
A figura nº 4 corresponde ao conceito de incluir e faz-me recordar as brincadeiras a que a turma acedeu para que pudessem brincar com o meu filho. Inserido num fato estanque, amarrado da cintura aos joelhos, o meu pequeno corria de pernas abertas e com os movimentos limitados. Num gesto solidário e de verdadeiro sentimento de inclusão, os seus colegas aceitaram, com grande entusiamo, brincar à apanhada, tendo como condição, de forma a esbater a desigualdade, o correr como ele. Foram horas felizes, nas quais se sentiu com direito à partipação no seu grupo de referência.
Esta é uma forma de representar o significado por detrás das imagens. Na diferença, temos de esbater desigualdades, pois a igualdade não se promove excluindo.
Fica a partilha,
Ema Pimenta
Cara Ema,
A sua capacidade de fazer a articulação com a sua situação concreta é absolutamente louvável. Obrigada por partilhar a sua experiência de exclusão/inclusão, como já tive oportunidade de referir neste MOOC os relatos na primeira pessoa chegam mais depressa aos nossos corações e às nossas consciências.
Sobre o exercício, nada a apontar - perfeita a ponte que estabelece. Quanto à sua experiência pessoal, que a figura 4 corresponda sempre à representação da situação do seu filho em todas as circunstâncias da vida :)
Grande abraço,
PSS
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