As figuras mostram diferentes abordagens sobre a realidade social, sendo um ponto de partida para um debate sobre um qualquer tema social.
Só agora estou a participar porque pretendi testar em sala de aula estas diferentes abordagens a propósito do tema que estou a explorar com os alunos “Desenvolvimento Rural. Para quê? Para quem?” e analisar com os alunos e alunas qual a estratégia que as figuras sugerem e que mais se adequa a um desenvolvimento rural sustentável.
Sem dúvida que a figura 4 é a que representa o conceito de inclusão. Todos os indivíduos, independentemente das suas caraterísticas, situam-se ao mesmo nível com iguais oportunidades de acesso à educação, à saúde, à habitação, ao emprego, entre outros. Ninguém é, portanto, descriminado.
Neste sentido e como refere o grande pedagogo Paulo Freire, todos e todas estão em iguais circunstâncias para “desenvolverem e concretizarem as suas potencialidades, bem como de apropriarem as competências que lhes permitam exercer o seu direito de cidadania”, podendo esta ideia da educação ser transposta para outros contextos.
Quando os refugiados chegam a um determinado país ou região, o ponto de partida não é exactamente igual, mas há uma obrigação, do ponto de vista humanitário que transcende a ideologia, por parte de quem acolhe: integrar, incluir e criar condições de igualdade para o acesso a uma vida digna e sustentável.
As figuras 1 e 2 representam claramente a exclusão, uma vez que o grupo mais representativo, em número é homogéneo e exclui o grupo marcado pela diversidade quanto às caraterísticas que apresenta: invisuais, com necessidades educativas especiais, com diferentes tipos de deficiência e portanto são situações de exclusão que violam os direitos humanos fundamentais.
A figura 3 já inclui o grupo minoritário no círculo do grupo maioritário, mas cria um muro, tal como os muros que se constroem para impedir a escolha dos refugiados por um determinado país e, por isso, também não promove uma sociedade inclusa.
Olá Maria
Muito interessante o seu exercício. Sem dúvida, as imagens podem aplicar-se a outras situações. E como reagiram @s alun@s?
Como refere, citando Paulo Freire, tod@s temos competências mas precisamos de oportunidades para as concretizar e potenciar e , muitas vezes, não sabemos que as temos (ou que temos determinadas competências). Em contexto de educação formal também é possível recorrer a estratégias não formais que poderão possibilitar uma maior (melhor?) apropriação de um conjunto de competências que, efetivamente, permitam exercer uma cidadania plena.
Obrigada pelo seu contributo :)
PSS
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